A viuvez é um acontecimento que facilmente se associa à terceira idade.
Para além de toda a carga negativa associada à perda do cônjuge, a viuvez assume um outro aspeto: o confronto com a morte e com a finitude do ser humano.

Quanto mais longo tiver sido o casamento, maior será o sentimento de vazio, associado à perda de um(a) companheiro(a), de uma longa amizade, de um amor. A saudade da presença será uma constante.
Indissociável à perda do cônjuge está o luto, que consiste numa reação emocional composta (geralmente) por cinco fases: negação da perda, choque pela perda, tristeza profunda, e por fim a aceitação da perda. No luto observa-se uma desorganização emocional, e no idoso podem ocorrer distúrbios da alimentação, do sono, manifestações somáticas, sintomas depressivos e de ansiedade.

O tempo que demora o processo de luto varia de pessoa para pessoa, mas pode durar anos. Quando a pessoa viúva é idosa, o tempo que demora o luto tem tendência a ser maior, devido ao facto de não ter um trabalho para direcionar a sua atenção, filhos para criar, e questões diárias para resolver. Muitas vezes, e apesar de poder estar cercado(a) por uma multidão é o sentimento de solidão que prevalece.

A viuvez não pode representar o fim para quem fica. O luto tem de ser vivido e assimilado, e para tal, os familiares têm papel fundamental. É importante que não critiquem o idoso ao vê-lo chorar, e não deixem de falar sobre o assunto. A família é o nosso porto seguro, é a bússola que nos ao longo da nossa vida. E é sobretudo com o apoio da família que aos poucos a pessoa idosa recuperará o sentimento de perda.

Fonte: https://velhiceenvelhecer.blogspot.com/2012/12/viuvez-na-terceira-idade_12.html